quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Filosofando...



Não se fazem mais filósofos como antigamente. 
Os nossos filósofos brasileiros mais se parecem com estudiosos da filosofia alheia, ou seja, eles conhecem muito sobre filósofos da antiguidade , mas é muito difícil encontrar algum que se destaque por sua originalidade , um modo de pensar e entender a vida que vai além daquilo que já sabemos. 

Será que em outras épocas já descobriram tudo que havia para ser desvendado e compreendido pela humanidade e não restou mais nada?

Filosofia em grego traduzido quer dizer, " amor a sabedoria". E aonde estão os nossos "sábios" filósofos tupiniquins? 

Percebo muitos estudiosos e intelectuais que conhecem muito sobre o assunto , mas aquela visão quase que tridimensional da vida como a um todo é virtude de poucos. 

Para mim, os poetas são muito mais filósofos do que os próprios filósofos da atualidade, que se limitam a serem apenas um grupo de intelectuais que conhecem muito, mas sabem pouco.

Oscar Quiroga, não é poeta, nem filósofo. Astrólogo e psicólogo formado pela PUC , que se denomina um autodidata, é muito mais filósofo do que toda a ala de filósofos com formação acadêmica. 

Já havia visto algumas reportagens com ele, onde ele me surpreendeu com a sua visão e o entendimento sobre astrologia. 

Em um dado momento da reportagem quando ele foi questionado sobre " destino" , ele foi tão claro e irônico , que se eu ainda tinha dúvidas quanto a minha visão de " destino" e livre - arbítrio , naquele instante se diluiu. 

- Se eu nasci para ser  um ser humano, não posso querer ser uma girafa, e por mais que eu me esforce, nenhuma girafa iria me levar à sério. 

Esta foi a resposta de Quiroga, se referindo ao " determinismo" , ou aquilo que já está pre- estabelecido e que nem com todo o livre-arbítrio conferido a nós seres viventes seria possível mudar. 

Como eu já havia estudado um pouco sobre a filosofia budista, não foi difícil compreender de imediato , que existem dois " carmas" na vida de um ser humano: o mutável e o imutável. 

Em uma outra entrevista , respondendo sobre destino e os caminhos certos à serem elegidos por nós, ele soltou mais esta: 

-  O caminho certo? Sem dúvida alguma é o da alegria

Claro que ele não se referia a aquela alegria artificial que encontramos por várias vezes em situações criadas por nós para satisfazer o nosso ego. Ele se referia a aquela alegria que vem naturalmente, aquela sensação de bem- estar e satisfação quando fazemos alguma escolha na vida. Ou seja, aquilo que alegra o coração. 

Como sempre, parei para refletir sobre a minha existência e os caminhos que andei elegindo. Talvez eu fosse mais " feliz" se eu não refletisse tanto, mas por um outro lado, talvez a minha existência seria vazia demais para contar um conto. 

Mais uma vez, uma luz se acendeu. Se a alegria é a escolha certa, então errei outra vez nas minhas escolhas. 

Será que eu não estou tentando ser uma girafa, e ainda não aceitei que não posso ser?

Questionamentos , são apenas questionamentos, de uma provável candidata à girafa filosófica. 







Nenhum comentário: