Mulheres estrangeiras escravizadas na segunda guerra mundial .
Não sei ser precisa quanto ao assunto relações humanas em empresas japonesas. Eu acho que não existe, ou pelo menos em empresas de porte médio este departamento é inexistente.
Estou ha uma semana descansando e como não tenho nada de muito importante para fazer , decidi preencher alguns cadastros on-line em sites de buscas de emprego.
Me cadastrei em apenas 2 empreiteiras e já recebi chamada telefônica das duas, que por sinal ainda não retornei. Primeiro porque não estou com pressa, quero descansar até o final de Outubro, e segundo porque estou pensando o que seria melhor para mim e ainda não me decidi se fico por aqui ou se mudo de cidade. Enfim, preciso de um tempo para pensar nas minhas estratégias Capricornianas.
A economia japonesa não vai muito bem . Apesar do reaquecimento da economia japonesa após a grande crise, os impostos aumentaram muito e todo mundo anda sem dinheiro por aqui. Mas , emprego, este tem de sobra.
O problema atual do Japão é a falta de mão de obra. Apesar de as indústrias estarem passando por grandes períodos de baixas na produção, falta gente para trabalhar.
Como todos já sabem, o nùmero de brasileiros aqui em terras nipônicas caiu tremendamente após o terremoto de 2011, e os que restaram , boa parte não trabalham porque vivem de bicos ( donas de casa) ou recebem ajuda do governo ( idosos) . Isto quer dizer que, apenas cerca de 50% dos brasileiros restantes estão na ativa.
É um nùmero bem considerável de brasileiros que já não vivem por aqui. Mas será que o problema da falta de mão de obra no Japão é culpa dos brasileiros que foram embora?
Em parte sim, e em parte não. Houve uma época em que a mão de obra brasileira era muito requisitada em terras nipônicas, mas após a crise de 2009 muitas empresas japonesas já não faziam mais uso desta força. Nascia aí uma certa competitividade entre japoneses e brasileiros para manterem o seu lugar ao sol. Claro que a preferência sempre é para os nacionais.
Mas quem disse que japonês gosta de ralar no trabalho?
Japoneses adoram fazer horas extras , mas isto não quer dizer que se esforçam para dar rendimento à empresa. É uma situação muito visível , mas ao mesmo tempo invisível. Os japoneses fazem de tudo para impressionar e agradar ao seu contratante, mas se matar de trabalhar , definitivamente não é com eles. Claro que não posso generalizar, existem japoneses que se dedicam as empresas como verdadeiros robos comandados por seus chefes, mas a grande maioria não sente prazer algum e não possuem motivação alguma.
Motivação, este é o problema da japonesada. A grande maioria dos jovens japoneses não tem motivação alguma, o que os fazem grandes preguiçosos em busca de um trabalho que eles possam realizar com o tal do "my pace" ( meu ritmo) , um termo em inglês que está muito em moda entre os jovens japoneses.
Mesmo com a insatisfação geral , japoneses não são habituados a protestar ou brigar por seus direitos, e isto contribui para que a mentalidade de alguns empregadores continue parada no tempo.
Algumas grandes redes de restaurantes japoneses foram obrigados a fechar algumas unidades por falta de funcionários, e nem pagando um salário ( p/hora) bem acima da média a japonesada não se sente tentada a se candidatar.
O motivo é o mesmo de sempre, a escravidão. Longas horas de trabalho e atribuições que cabem a uma equipe são executadas por apenas uma ou duas pessoas.
Meu Deus ! Mas onde anda o bom senso destes contratantes?
A impressão que tenho é que os japoneses ( empresas) em geral não estão conseguindo ou se negam a se adaptar as mudanças da nova Era. Os jovens de hoje ( japoneses) não são mais como os jovens de ontem, e apesar de seguirem as normas e as regras do bom costume japonês, muitos jovens tem uma mentalidade que já não se adapta mais as exigências do mercado de trabalho ( escravidão) japonês. O que gera um certo conflito .
A tal rede de restaurantes japoneses que antes só contratava japoneses agora está abrindo oportunidades também para os estrangeiros. Mas não pensem que a mentalidade de tais contratantes mudou e se adaptou a nova realidade, é pura necessidade disfarçada de abertura mental que não consegue convencer nem aos japoneses . Quem dirá a nós estrangeiros.
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