Aparentemente , sob o meu conceito de normalidade , a japonesada é normal no convivio diário. Um pouco tímidos ou retraidos...sei lá.
Aos poucos você começa a ouvir uma historia aqui, outra alí , e começa a achar que realmente a japonesada não bate muito bem da bola.
Como se já não bastasse aquela moda doida entre os jovens de Cosplay , que è se vestir como os personagens dos mangás e sair na rua. O cosplay até poderia ser considerado cultural, afinal este é o país dos mangás. Mas e o resto do povo que é aparentemente normal e não segue modismos?
Hoje, assistindo a um programa de tv fiquei pasma ao saber sobre a vida de uma advogada de 36 anos que é super competente , cheia da grana e que se apresenta em um programa de tv semanal .
Ela tem verdadeira adoração por um personagem de desenho animado japonês que se chama Funachi . É um boneco que não parece com nada. Se fosse o Bob Sponja, ou os Bananas de Pijama, eu até entenderia, eles tem forma de algo.
Mas a esquisitice não é o fato dela gostar deste personagem , apesar da idade e da profissão. O problema é a quantidade de bonecos que ela tem deste personagem no seu quarto de trabalho , juntamente com livros de direito e um computador.
Ah, mas aí você vai dizer : - E daí? Ela gosta de colecionar bonecos.
Tá. Mas aos 36 anos de idade, atuando como uma competente advogada , chorar diante das cameras de tv só porque o Boneco preferido estava com um pé rasgado, não é demais?
Segundo a reportagem do programa , ela começou a gostar deste boneco desde que ela se divorciou e se enfiou de cabeça no trabalho, esqueçendo até mesmo de quem era, e o ùnico acontecimento feliz em sua vida após o divorcio foi assistir a um programa infantil de tv onde se apresentava o tal boneco que não tem forma de nada.
Deu pra sacar a neura da advogada japonesa? Pura carência pós divórcio , e ela decidiu que o objeto merecedor de todo o seu afeto seria um boneco.
Aqui no Japão as pessoas tem muita dificuldade em fazer amigos e até mesmo pessoas conhecidas na mídia levam uma vida solitária.
Espero não ficar igual, e se um dia ficar carente e tiver que eleger um boneco para suprir as minhas carências afetivas espero encontrar algum que tenha ao menos formas humanas.
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