sábado, 14 de junho de 2014

Vida monótona



Acho que estou ficando velha ou estou sofrendo alguma metamorfose natural. Estou começando a gostar da vidinha monótona. 

Ultimamente tenho percebido em mim algumas mudanças de comportamento, do tipo apreciar flores, admirar o céu, gostar daquilo que faço no meu trabalho e da minha rotina em geral que é bem monótona. Se bobear nada muda por aqui nem com terremoto. 

Planos? Não tenho. Está praticamente impossível planejar algo em um curto espaço de tempo e realiza-lo, então decidi relaxar e viver um dia atrás do outro da melhor forma possível, sem stress, nem cobranças e nem prazos. 

Claro que sempre existe aquela preocupação com o amanhã e algumas idéias na cabeça, mas nada que tire a minha tranquilidade do hoje, o amanhã pode esperar e as atitudes necessárias serão tomadas no seu devido momento. Sempre foi assim mesmo, as minhas reações são automáticas e instintivas, então pra quê estressar com planos se na hora "H" vou fazer tudo diferente?

Viagens? Nada de viagens por enquanto, as finanças não me permitem, aliás, não me permitem muitas coisas que eu " gostaria" de fazer. E daí? Vou ficar frustrada? 

Além de impossibilitada vou ter que ficar frustrada também? Não. Deixemos estas " vontades" para um momento mais oportuno e enquanto não chega esta oportunidade , porquê não apreciar a tranquilidade da monotonia  do hoje?

Transformar aquilo que antes incomodava em algo prazeroso, este é o segredo de se viver bem monotonamente e espantar a ansiedade. 

O dia hoje está super ensolarado e sem ventos. Ótima oportunidade para pegar a minha magrela e pedalar por mais de 30 minutos até a outra cidade para ir comprar um pouco de produtos brasileiros. Assim aproveito e pego um pouco de sol porque estou parecendo uma lagartixa e queimo as calorias do prato de pasta que comi ontem que estava de-li-ci-oso . 

Companhia? Até tenho , mas tem certas coisas que sempre preferi fazer sozinha, assim não preciso me preocupar com horários e vou onde eu  quero a hora que quero. Totalmente auto-suficiente. 

É nestes momentos de nenhum compromisso e liberdade total para administrar o que faço com os meus horários livres  que me sinto  muito bem na minha própria companhia. Claro que companhias agradáveis sempre são bem vindas, mas para dizer a verdade, não são tão necessárias. 

Mais a tarde uma amiga ficou de passar em casa. Vou preparar alguns petiscos e comprar umas latinhas de cerveja para jogar conversa fora. Parece que ela está precisando conversar, está estressada . Aquela coisa de sempre, medo de perder o emprego, dúvidas com o futuro , contas que não param de chegar e lá,lá, lá...

Bom, é normal termos estas preocupações , mas as contas não vão deixar de vir todos os meses, o desemprego ainda não bateu à porta e o futuro...ahhh..o futuro , este a gente deixa para pensar amanhã. Quando não se é quadrado, a gente sempre se vira. 

Creio que as minhas seções de indução durante o sono estão funcionando de alguma forma. Estou mais tranquila ultimamente. Não digo otimista , mas as minhas preocupações com coisas que ainda não aconteceram foram para o espaço, trazendo tranquilidade e nenhuma ansiedade. 

Dei uma olhada nos meus aspectos astrais e percebo que desta vez sou eu quem está mandando nelas. Alguns aspectos muito favoráveis estão aspectando por estes dias. Mais uma prova de que harmonizar com as forças do Universo amenizam aspectos ruins. E para chegar a tal ponto de harmonização é preciso estar relaxado e de bem com a vida. Mesmo que as contas não parem de chegar e a nossa vida social esteja quase a zero .

Levando esta vidinha monótona aprendi a apreciar muito mais as coisas simples e me satisfazer com aquilo que até antes parecia pouco, e na verdade era muito. 

Vidinha monótona, eu te adoro! 




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