quinta-feira, 30 de agosto de 2012

To be or not to be?That's the question.

Esta onda de descendentes que vem ao Japão à trabalho (dekasseguis) , inclusive eu, sofre de um fenômeno que eu sei lá se tem nome. Deve ter.
Os descendentes de japoneses , assim como eu , que são ainda originais de fábrica, ou seja, não são mestiços, ainda não sabem se são japoneses ou brasileiros aqui na terrinha do sol nascente. Talvez eles nem percebam esta dualidade no convivio com os japoneses, ou percebem. Sei lá.
O que pega aqui para os descendentes de japoneses de primeira geração é que tais descendentes são considerados como japoneses sim, mas seria a escória japonesa. Então, eu entendo que, os japoneses legítimos tem é preconceito contra o nikkei brasileiro e não propriamente com o brasileiro em sí. Isto remonta o tempo da segunda guerra mundial. Periodo este em que o Japão estava em uma crise generalizada e uma boa parte destes japoneses legítimos deixaram a sua terra natal em busca de uma nova vida em outras terras. Talvez os japoneses que ficaram não perdoem aqueles japoneses que deixaram o Japão em um periodo dificil.
Para os nikkeis que trabalham e vivem no Japão hà anos, é uma situação delicada porque mexe com as nossas raízes e o nosso próprio ego. Somos ou não somos japoneses? Na realidade somos, mas de um grupo diferente. Esta diferença que nos impoem os japoneses é que mexe profundamente com a nossa verdadeira essência. Ser ou não ser, eis a questão?
Eu tenho notado que alguns nikkeis se fazem de japoneses, se vestindo como eles, se comportando como eles para serem aceitos. E realmente o são. Oh, gente sem sal! Mas isto é para uma grande maioria que não tem personalidade (nem inteligência) e necessita ser aceito de alguma forma. Eu como não sigo modismos e nem aceito rótulos, já digo que não sou japonesa apesar do sangue samurai que corre em minhas veias. Sou brasileira de nascimento, japonesa por descendência e de alma livre para eu ser aquilo que eu bem entender. Caráter é oque falta neste povinho que ainda não sabe quem é!
Não é o sangue, nem a educação rígida e nem os olhinhos puxados que nos fazem japoneses. É a mentalidade. A minha, graças a Deus, não tem nacionalidade! E un Vaffanculo grosso, grosso per questi giapponese preconcettuosi e anche i brasiliani che non sanno ancora che cosa sono! Ma Vaffanculo!!!

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