sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Trabalho no exterior

Esta semana estava lendo alguns blogs sobre pessoas que imigram para o exterior em busca de trabalho e a maioria dessas pessoas eram mulheres que tentam buscar um lugarzinho ao sol e por muitas vezes não conseguem nenhuma colocação.Ou se conseguem,é para trabalhar de faxineira e baby-sitter,como o caso da minha dentista que foi parar em S.Francisco e teve que se virar pra se manter lá por 6 meses.Porém,apesar das dificuldades que enfrentam na terra do Tio San,ou em qualquer outro país,percebi que se pode avançar de alguma forma e manter um nível de vida digno e razoável .
A exemplo da minha prima que baixou de pára-quedas também em S.Francisco. Ha mais de 20 anos atrás e hoje leva uma vida normal exercendo a sua profissão(ela é formada em Enfermagem na USP).No começo assim como todos ela teve que se sujeitar a ser babá de cachorro,babá de crianças,copeira,faxineira,tradutora de inglês espanhol,mas esta condição não durou muito tempo.Logo estava empregada em um dos melhores hospitais da Califórnia e em menos de 8 anos já tinha o seu carro e apartamento próprio em terras estrangeiras.

Obviamente que as condições eram outras, não se compara aos tempos de hoje com a globalização .Mas se formos pensar bem,no Brasil nem com crise e nem em épocas de vacas gordas se compra uma casa em 8 anos de labuta.
Isso me faz pensar...que existem países e países,ou seja,depende da abertura que estes países dão aos estrangeiros.Não estou afirmando que a melhor opção de imigração sejam os Estados Unidos,porém a qualidade de vida em termos gerais me parece bem mais razoável em comparação a outros países.

No Japão por exemplo, não existe esta abertura,apesar das condições de trabalho terem melhorado bem,depois da intervenção do governo brasileiro.Aos poucos os japoneses estão se adaptando a nossa realidade brasileira.Afinal,somos mais de 250.000 e não se pode ignorar estes números.
Em comparação com outras raças originárias de outros países da ásia e da américa latina,sem dúvida alguma o brasileiro é aquele que tem se destacado mais no comércio.Parece que o brasileiro não para de inventar saídas alternativas ,e com aquele famoso "jeitinho brasileiro",vão adentrando mais e mais dentro de uma competitiva realidade que antes nem existia na terra do sol nascente. Viva!o brasileiro é empreendedor!

O problema maior que enfrentamos aqui, é a cultura e mentalidade extremamente conservadora dos costumes e hábitos japoneses , e a visão destorcida do estrangeiro como um mal a ser evitado.Resumindo, é puro preconceito,daquilo que não se conhece e não se quer conhecer.

Graças ao bom Deus,alguns japoneses não tem a cabeça tão oca, e a mentalidade em relação a nós estrangeiros está melhorando um pouco no ambiente de trabalho,e por consequência disso,alguns poucos estrangeiros se destacam ,principalmente no comércio.Porém detrás desta abertura e avanço de alguns estrangeiros tem sempre a união(sociedade) com algum japonês.Do contrário seria praticamente impossível avançar sozinho em um país extremamente conservador e machista como é o Japão.

Longe de mim querer justificar aqui as frustrações e dificuldades que passamos quando nos decidimos a viver em um país totalmente diferente àquele que somos habituados.O sucesso ou não,depende muito da nossa própria aceitação de sermos nós os diferentes e não eles. Esse é sem dúvida alguma o desafio maior a ser enfrentado em terras estrangeiras.

Um comentário:

Minelinha... disse...

Falou pouco, mas mandou bem!!! Eh igual aqui! Beijos.